ABSTRACT
Le questionnement de Foucault sur la judiciarisation des sociétés contemporaines renvoie à plusieurs controverses qui, entre 1974 et 1976, ont spécifiquement concerné la question du vivant comme de son rapport au champ du droit et des institutions politiques. Ces polémiques se sont cristallisées autour d'affaires judiciaires retentissantes mais également autour d'un discours technique et politique qui donne une place nouvelle aux notions de dangerosité, de sécurité et à la question plus générale de la gestion du vivant. Trois discours qui, pour Foucault, sont révélateur d'un profond changement de société et de mode de gouvernement des individus.
O questionamento de Foucault sobre a judicialização das sociedades contemporâneas remete a controvérsias que, entre 1974 e 1976, dizem respeito especificamente à questão da vida em relação ao campo do direito e das instituições públicas. Tais polêmicas se cristalizaram a partir de ressonantes acontecimentos judiciais, mas igualmente em torno de um discurso técnico e político que abre novos espaços para as noções de periculosidade, de segurança e para a questão mais geral de gestão da vida. Três discursos que, para Foucualt, são reveladores de uma profunda mudança da sociedade e do modo de governo dos indivíduos.
Foucault's questioning about the judicialization of contemporary societies refers to several controversial issues taking place between 1974 and 1976: they specifically concerned the question of the living as well as his connection with the area of law and political institutions. These arguments focused on sensational legal cases but also on a political and technical discourse welcoming the notions of dangerousness, security and the wider question of managing the living. Three discourses which reveal for Foucault a deep change in the society and in the way individuals are governed.